ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL FUNDADA EM 05 DE JUNHO DE 1980.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

BREVE HISTÓRICO DA ONG SÓCIOS DA NATUREZA
PARA AVALIAÇÃO DAS ENTIDADES DO CNEA DA REGIÃO SUL (PR, SC, RS) QUE INDICARÃO UMA REPRESENTANTE BARRIGA VERDE E UMA GAÚCHA PARA O BIÊNIO 2009/2011 NO CONAMA.




O movimento ambientalista Sócios da Natureza foi fundado em 05/06/1980. Sediado no município de Araranguá, SC, sem fins lucrativos de acordo com seu estatuto e considerado de utilidade pública municipal. Seus integrantes trabalham de forma estrita e comprovadamente voluntária. Foi criado para combater a intensa poluição ambiental na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, Urussanga e Tubarão, causada pela exploração e queima do carvão mineral na região carbonífera de Criciúma. Tem como objetivo principal a preservação da natureza e uma melhor qualidade de vida para a população do sul de SC. Tem registrado 5.066 sócios (inclusive o Papa João Paulo II quando da sua visita a Fpolis, num simbólico momento de celebração pelo engajamento com a Pastoral da Ecologia). Promoveu passeatas e elaborou um abaixo-assinado com mais de 30 mil assinaturas contra a poluição do carvão, entregue em mãos ao Governador da época. Promoveu protestos contra a poluição da Lagoa do Violão em Torres/RS. Recebeu o Prêmio Fritz Muller em 1985, instituído pela FATMA e pela ALESC. Foi uma das fundadoras da Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses – FEEC. Foi indicada juntamente com outras 500 entidades para receber o Prêmio Global da ONU (mas não levou!!!).
Em 1996, numa nova fase, iniciou um movimento contra a ocupação desordenada em área de restinga do santuário ecológico do Morro dos Conventos de um devastador investimento imobiliário. Em 1997, registrou-se como Organização Não-Governamental Sócios da Natureza. Em 1998, através de um convênio com o Governo do Estado, foi executado o único projeto com recursos oficiais, denominado de ‘’Revitalização do Rio Araranguá e o fortalecimento de um imaginário popular voltado para a sua preservação e conservação’’, com a elaboração da cartilha de educação ambiental ‘’O Rio que queremos’’, resultado das histórias contadas pelos moradores ribeirinhos e pescadores. Houve a implantação de placas com frases de efeito ecológico em pontos estratégicos do rio Araranguá (hoje ainda expostas), culminando com um histórico Seminário de Educação Ambiental, onde estiveram presentes todas as entidades de ensino do município. A repercussão do projeto ultrapassou os limites do município, pois seus integrantes participaram de uma teleconferência nacional sobre educação ambiental produzida pela TV Cultura em Florianópolis.
Em 1998, a ONG liderou com sucesso a mobilização social denominada de Movimento Pró-Araranguá (inclusive com a participação de empresários) contra a duplicação da rodovia BR-101 por dentro da Cidade de Araranguá. Em 2000, um e-mail enviado a sede do BID em Washington fez com que uma missão viesse a Araranguá verificar "in loco" o conflito socioambiental, determinando ao DNIT a elaboração do traçado alternativo reivindicado pela comunidade. Uma significativa conquista da sociedade civil organizada, ou seja, um caso único no país (Toda a luta está sendo registrada em livro e documentário áudio-visual com o apoio do CASA).
Em 2000, teve sete propostas incorporadas a redação final da Agenda 21 Nacional e significativa atuação na Agenda 21 Estadual. Tem assento no Conselho Consultivo dos Aparados da Serra, no Conselho de Política Urbana de Araranguá, entre tantas outras também relevantes missões de cunho socioambiental.
Em 2002 ocupou a primeira Presidência do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá (até então um caso inédito!) e coordena a Câmara Temática do Meio Ambiente do Fórum de Desenvolvimento – FDESC/AMESC. Em 2004, seu Coordenador Tadeu Santos foi agraciado com o Título de Cidadão Araranguaense pelos serviços prestados à preservação ambiental. Em função da duplicação iniciou com apoio da AMESC movimento pela criação de Unidades de Conservação (UC) como medida compensatória pelos impactos da rodovia e tem sido intensamente atuante pela elaboração de um Plano Diretor sério e idôneo para Araranguá, de acordo com as diretrizes do Estatuto das Cidades.
Pelo fato de declarar que as autoridades locais não estavam tendo competência de solucionar os graves problemas ambientais do município, como a poluição do rio Araranguá e a intensa poluição sonora no perímetro urbano, o coordenador da ONGSN está sendo processado por um Promotor (MPE) e um Comandante da Polícia Militar. Integrantes da ONG também se dedicam a proteção de animais de rua, principalmente cães abandonados e ao Instituto da Cidadania de Araranguá.
Com a realização do "Primeiro Encontro sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas" em 2005, em parceria com a AMESC e os Amigos da Terra de POA, com a significativa participação de 700 pessoas afetadas pela violência do furacão Catarina, estão programando a realização do ‘’Segundo Encontro’’ para 2009, objetivando a busca de medidas preventivas e de adaptação.
A ONG tem questionado os ajustes de condutas e a própria condenação judicial contra as mineradoras, pois atualmente o pH da água do rio Araranguá é em média 3 – um crime ambiental incompreensível e inaceitável perante toda a rigorosa legislação ambiental. As enchentes que ocorrem na região são possivelmente as mais violentas do país, coincidentemente também ocorrem tornados, ciclones extra-tropicais e assustadoramente o inédito furacão Catarina escolheu a nossa região em toda a imensa costa do Atlântico Sul.
A resistência contra os maiores poluidores da região, que é considerada como uma das 14 áreas mais críticas ambientalmente do país (DF 85.206/80), tem sido polêmica e por vezes até assustadora, desde a participação nas audiências públicas do projeto da termelétrica USITESC 440/MW em Treviso (como se já não bastasse a Jorge Lacerda com seus 857MW emitindo gases efeito estufa, da chuva ácida e de calor através das altíssimas chaminés, podendo inclusive estar interferindo na mudança do clima na região) até nas audiências de abertura de novas minas. A explícita violência no caso do conflito do Morro Estevão e Albino em Criciúma, passando por toda a conflituosa e brava resistência da comunidade rural de Santa Cruz contra a instalação da mina Rio Deserto, em Içara, até a do São Roque, inclusive com ‘’ameaças físicas’’, além de perseguições e represálias contra estabelecimentos comerciais de integrantes da ONG e censura em quase toda a mídia catarinense quando se trata de carvão.
O desmatamento da Mata Atlântica causado pela rizicultura tem comprometido as nascentes da planície, gerando conflitos geopolíticos que amedrontam os integrantes da ONG. ‘’Outros incômodos’’ valem registro como o desnecessário projeto da barragem do rio do Salto e o recente famigerado Código Ambiental do Governo do Estado constam na pauta da ONG como projetos maléficos. Enquanto que a necessária proposta para criação do Refúgio da Vida Silvestre nas encostas da Serra Geral como garantia de preservação das únicas nascentes da bacia ainda não comprometidas foi rejeitada numa outra tumultuada audiência!
Em 2005, integrante da ONG participou como palestrante no FSM de POA, em 2006, na UNICAMP em 2007, na Cumbre de Los Pueblos em Santiago do Chile e em 2008 na Cúpula Social do Mercosul em Salvador/Bahia.
Além de ser filiada a FEEC, faz parte do ‘’Movimento pela Vida’’ de âmbito regional e integra o GT Energia e Clima do FBOMS.
OBS. A histórica trajetória da ONG Sócios da Natureza resultou num TCC e numa Dissertação de Mestrado pela UFSC da Historiadora Juliana Vamerlati Santos.


Sócios da Natureza
ONG criada em 05 de Junho de1980 para defender a natureza e uma melhor qualidade de vida para o sul de Santa Catarina.

(Prêmio Fritz Muller 1985)

Integrante do Movimento pela Vida (MPV) da Região Sul de SC, filiada a Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC) e participante do GT Energia e Clima do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS).


’’ TRABALHANDO EXCLUSIVAMENTE DE FORMA VOLUNTÁRIA
E,
SEMPRE BUSCANDO OBJETIVOS DE INTERESSE COLETIVO ’’


Rua Caetano Lummertz Nº. 386/403 – CEP 88900 000 – Araranguá – SC

Fone: 48 – 9985 0053 / 3522 1818 Fax: 3522-0709
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Nascido em 22/07/1951, em Praia Grande/SC, na beira do rio Mampituba, próximo às encostas dos Aparados da Serra, portanto embaixo do Itaimbezinho, o maior cânion da América do Sul, contudo, orgulha-se de haver recebido em 2004, o Título de Cidadão Araranguaense. Residiu em Fpolis onde exerceu por dez anos a função de projetista de edificações e realizou o documentário em Super 8 sobre as eleições pra governador em 1982, onde consta em livro sobre a história do Cinema de SC. Casado, pai de dois filhos (um formado em Cinema e outro em História) reside em Araranguá. Instalou uma das primeiras locadoras de vídeo do estado. Foi um incansável Vídeomaker e Fotógrafo. Fã de Cinema sempre. Ativista ambiental da ONG Sócios da Natureza (Onde assumiu a primeira presidência do Comitê da bacia hidrográfica do rio Araranguá – na época um fato inédito no ambientalismo). É um dos autores do livro MEMÓRIA E CULTURA DO CARVÃO EM SANTA CATARINA: Impactos sociais e ambientais. www.vamerlattis.blogspot.com